Sociologia da tradução de Macunaíma
Tradução
Retradução


Tradutor: Héctor Olea (Mexicano)
Ano de publicação: 1977
Edição: 1ª
Editora: Seix Barral (Espanha)
Tradutora: Julieta Benedetto (Argentina)
Ano de publicação: 2022
Edição: 1ª
Editora: Mansalva (Argentina)
Tradução de Héctor Olea
Tradução de Julieta Benedetto
- Produzida entre os anos de 1972 a 1976;
- A autonomia de Macunaíma presente na tradução é marcada pela
manutenção da proposta estético-ideológica de Mário de Andrade que é identificada por meio
da reprodução dos discursos e atitudes das personagens na narrativa, assim como também pela
preservação das peculiaridades linguísticas do TO; - Uma tradução majoritariamente domesticadora, mas que também evidencia um número expressivo de traços da estrangeirização;
- Considerando o contexto sociocultural de criação da referida obra, ele realiza uma tradução que concilia o projeto nacionalista de Mário de Andrade expandido a uma proposta continental (MILTON, 1993) que ressignifica positivamente o texto do autor modernista;
- O tradutor não se restringe a diversidade linguística presente
no seu país de origem (como Mario faz no texto fonte), ele expande esta proposta considerando a(s) língua(s) e cultura (s) de
países hispano-falantes localizados no continente americano, tais como Paraguai, Cuba,
Guatemala, México que ao mesmo tempo que se divergem, marcam cultural e ideologicamente
um todo territorial; - Apresenta glossário final.
- Começou a ser produzida a partir de 2020 e publicada em 2022, pela editora Mansalva, coincidentemente, no mesmo ano de comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna;
- A tradução foi desenvolvida com o apoio da Fundação Biblioteca Nacional e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e com a contribuição das pesquisas e materiais publicados sobre Macunaíma, como a Edição crítica, organizada por Telê Ancona; o Roteiro de Macunaíma, de Cavalcanti Proença; Mário de Andrade e a Argentina: um País e sua Produção Cultural como Espaço de Reflexão, de Patrícia Artundo; Macunaíma, de Carybé e Antonio Bento; Na ilha do marapatá: Mário de Andrade lê os hispano-americanos, de Raul Antelo, além da crítica e artigos acadêmicos como A ‘embolada’ em Macunaíma, por Raimunda Batista;
- Uma tradução majoritariamente estrangeirizadora, mas que também apontam escolhas pela via da domesticação;
- As estratégias de tradução de Julieta Benedetto constituem características particulares sobre o projeto da escritora argentina e que deixam evidenciar seu posicionamento frente a determinados significados culturais de palavras e expressões presentes no léxico diversificado da hispanoamérica;
- Apresenta glossário final.